Se em épocas de sucesso alguns empresários dão um jeito de sonegar, ou quando não, adiar pagamentos de tributos imagina em épocas de crise. Aos que burlam vai um breve recado: se preparem por que o fisco vai lhe pegar!
.
BRASÍLIA - A queda na arrecadação de impostos até setembro ocorreu em função da crise global que reduziu ganhos na atividade produtiva ou as empresas usaram a crise como pano de fundo para sonegar? Essa é a pergunta do secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, ao lançar hoje a operação "Ouro de Tolo". Auditores iniciaram a fiscalização direta em 146 grandes empresas do país, responsáveis por cerca de 80% dos impostos arrecadados pelo governo federal.
Entre janeiro e setembro deste ano, a queda nas receitas federais totais (incluindo INSS) foi de R$ 35,8 bilhões, ou menos 7% reais deflacionados pelo IPCA perante igual período de 2008.
O recuo levou Cartaxo a pedir uma varredura nos 146 grandes contribuintes que declararam perdas elevadas de faturamento e também nas empresas que usaram o artifício da compensação tributária desde 2004, públicas e privadas.
O Fisco descobriu discrepâncias entre dados de grandes, pequenas e médias empresas. As 20 maiores empresas registraram queda real de 57,36% nos recolhimentos de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) até setembro, tendo pago R$ 9,35 bilhões, ante R$ 22,36 bilhões em igual período de 2008.
As demais pessoas jurídicas, ao contrário, elevaram o recolhimento desses dois tributos em 1,21%, ou R$ 1 bilhão, no mesmo intervalo de comparação.
O secretário explicou que, além do IRPJ e da CSLL, a Receita fez o levantamento com base na evolução do PIS/Cofins, onde 100 empresas com as maiores discrepâncias acusaram queda de 40,01% no recolhimento. Os tributos recolhidos pela demais empresas caíram 2,25% no mesmo período.
Segundo Cartaxo, já foram expedidos os mandados de procedimento fiscal da primeira etapa da fiscalização, centrada em IRPJ, CSLL, PIS/Cofins e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A segunda fase vai investigar os recolhimentos de IOF, Cide combustíveis e IR de pessoas físicas.
No alvo inicial do Fisco estão empresas dos setores de bebidas, cigarros, combustíveis e bancos. Cartaxo explicou que os auditores vão investigar se há planejamentos tributários (busca de brechas na legislação) entre os suspeitos de sonegação.
.
Fonte: Valor Online
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por comentar no blog INFORMAÇÕES DO MUNDO CONTÁBIL. Sem a sua participação esse blog não seria o mesmo.
A opção para comentar como anônimo está ativa, porém se puder fazer um comentário se identificado eu ficarei mais grata.
Se não deseja comentar como anônimo, mas não tem uma conta de e-mail do google, ao postar seu comentário basta escolher a opção Nome/URL, se não tiver URL pode deixar o campo em branco.
Críticas e/ou sugestões para o blog podem ser registradas no meu livro de visitas (Guestbook). O link de acesso se encontra no lado direito daqui do blog.
Caso deseje e possa realizar alguma doação estarei investindo em educação continuada com intuito de cada vez mais melhorar este espaço. Clique no banner do PAGSEGURO e digite o valor desejado. De R$ 0,01 a R$ 1.000.000,00 toda ajuda é bem vinda. Conto com você! Mas, se não puder ajudar lhe agradeço de qualquer forma, pois sua visita é muito importante para o aperfeiçoamento deste blog.
Mais uma vez obrigada por me presentear com sua visita. E lembre-se: Só podemos dar aquilo que temos. E por menor que seja sempre temos algo a dar.
Compartilhe conhecimentos e juntos constituiremos a melhor classe contábil do mundo. Acredite nisso!
Forte abraço!
Aislane Pinto
www.aislanepinto.blogspot.com